1904

feito por benfiquistas, para benfiquistas


Publicado por Gustavo Amaral



Na estreia nas competições europeias e de Suazo com a nossa camisola, o Benfica não conseguiu ultrapassar o Nápoles, perdendo por 3-2 no estádio San Paolo.

Num ambiente infernal, Quique Flores surpreendeu e colocou Urreta a titular na direita do meio-campo, quando se esperava Balboa, Amorim ou até Katsouranis. O Glorioso começou bem e logo aos 3 minutos, Reyes, "do meio da rua" obrigou o guarda-redes do Nápoles a estar mais atento e a defender um potente remate. Dois minutos depois, o nº9 do Nápoles, Dennis, fez Quim brilhar, com outro excelente remate.

O Benfica continuava a jogar bem, com boas trocas de bola entre C. Martins e Yebda e, aos 16 minutos, num pontapé de canto, o Benfica adianta-se no marcador com um golo do estreante Suazo, que desviou de cabeça o centro de C. Martins. Suazo estava realizar um bom jogo, estando mesmo à altura das expectativas. Temos jogador...

No minuto seguinte, e como que de sina se tratasse, o Nápoles empata o jogo, com um golo às três tabelas. Aos 19m, depois de uma excelente jogada, mas com muita sorte à mistura, o Nápoles dá a volta ao jogo e marca o segundo golo, atordoando o nosso Benfica e fazendo com que a partir daí a pressão fala-se mais alto. A defesa ficou baralhada e o Nápoles aproveitou, criando perigo por várias vezes.

Perto da meia-hora de jogo, houve um lance na área em que um dos defesas italianos fez falta sobre Suazo, e o árbitro deixou passar. Árbitro nada imparcial, a cada disputa de bola havia uma falta assinalada contra o Glorioso, Blasi cometeu duas faltas para amarelo, praticamente seguidas e o árbitro só mostrou um amarelo, dando a ideia que o Benfica tem de ficar fora das competições europeias.
Mesmo a acabar a primeira parte, Léo evitou o terceiro golo italiano, cortando a bola em cima da linha, depois de um desvio de cabeça num canto.

Na segunda parte, Quique substitui Urreta por Balboa e o Benfica iniciou o jogo a tentar a posse de bola, fazendo-a circular e esperando um erro do adversário. Sem efeito. O Nápoles, ao bom estilo italiano, fechou-se no seu meio-campo, impedindo o sucesso benfiquista.
Aos 56 minutos, mais um balde de água fria para o Glorioso, cruzamento da esquerda de Maggio, a bola tabela em Léo e entra junto ao primeiro poste, sem hipóteses para Quim. Depois do 3º golo, ficámos estáticos, parecendo que jogávamos com menos um jogador. Os atacantes tinham falta de imaginação, a bola chegava e logo a perdiam, ora com passes errados, ora com jogadas estúpidas...

Ao quarto de hora da segunda parte, golo do Benfica. Depois de um canto e de um ressalto, a bola sobra para Luisão que faz golo. Depois do golo, crescemos um pouco, e arriscámos mais, principalmente pelas investidas de Suazo, que pouco depois ficou lesionado, depois de uma entrada assassina de um italiano. O árbitro, mais uma vez, perdoou a expulsão.

Depois dos 75m, o Benfica pouco arriscou, jogava praticamente com menos um jogador (Suazo, depois da entrada assassina, coxeava) e este resultado não era assim tão mau. 3-2, fora, é recuperável em casa. A poucos minutos do final, e depois de um arranque pela esquerda, Léo fez um excelente passe para Balboa, que recebeu mal e não teve o discernimento necessário para atirar à baliza.

De destacar a boa exibição de Reyes, que começa a mostrar-se, finalmente. Excelente controlo de bola, pautando e acalmando o jogo benfiquista.

Apesar de tudo, uma boa ponta final do Benfica, mas não chegou.

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