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O paraguaio é um excelente jogador, tem tudo para vingar um qualquer grande equipa. No Benfica, chegou e impôs-se perante os adeptos, mostrando que é matador e provando-o com os mais de 20 golos marcados na época de estreia na Europa, sendo o melhor marcador do Benfica e o segundo melhor do campeonato.

Mas parece que Cardozo não é só um grande jogador, pelas suas atitudes, parece que é (ou quer ser) mais que os outros jogadores do plantel. Como não vai jogar contra o Nápoles, em Itália, devido ao castigo imposto pela UEFA aquando do jogo contra o Getafe (cotevelada aos 9 minutos de jogo e consequente expulsão), pensou que poderia baixar o ritmo do treino, sem que para isso lhe tivessem dado ordens, aproveitando para descansar. Qualquer jogador com o mínimo sentido de profissionalismo e responsabilidade sabe que tal atitude nunca sequer deve ser posta como hipótese, quanto mais consumá-la. Já na época passada, com Camacho, o paraguaio teve algumas atitudes passíveis de reprovação por parte dos dirigentes, que preferiram não dar muito ênfase, devido ao mau momento que o clube atravessava. No entanto, este ano, Quique Flores decidiu não deixar passar em branco esta birra de Cardozo, castigando-o. Com esta atitude, o espanhol conquista não só a confiança dos adeptos, como também a dos jogadores, colocando assim o colectivo acima dos estatutos individuais.

Óscar é realmente um dos melhores jogadores do plantel, não sendo isso que está em causa, e contamos com ele para os nossos objectivos serem atingidos, mas isso não lhe dá o direito de querer ter um estatuto diferente de todos os outros jogadores do plantel. Por isso, a acção disciplinar movida contra o jogador foi apropriada e deve servir de exemplo a todos os outros jogadores.